HQs: Uma Arte?

Certa vez, vozes obscuras gritaram "HQ é coisa de criança". Ou em plena escuridão cerebral, ouvia-se "gibis? Decadência!". Porém, bem provável que essas criaturas de convicções doentias nunca tiveram em mãos as páginas de Maus, de Art Spiegelman, ou as graphic novels de Will Eissner, sem contar toda uma gama de excelentes autores como Alan Moore, Robert Crumb, Frank Miller, Quino, entre tantos outros, que colaboraran para transformar os "gibizinhos" em arte respeitada, aquela que, por muitas vezes, exige um pouco de exercício intelectual, esforço hercúleo para muitos dos chamados "adultos".








À exemplo de muitos inveterados devoradores de livros, as HQs foram condutores iniciais para o gosto pela leitura. Foi dentro dos quadrinhos, que grandes leitores se familiarizaram com as primeiras palavras. De autor para autor, é possível singrar por fatos históricos e teorias científicas, pelas artérias da arte, cinema à cultura grega. Mesmo os super-heróis, os chamados comics, com seus músculos e batalhas intermináveis, são dignos de atenção. Como se esquecer de estórias memoráveis como a Saga da Fênix, dos X-Men,  ou Cavaleiro das Trevas, do Batman?

Desde as primeiras décadas da sétima arte, as HQs são usadas como fonte de inspiração (e vice-versa). São linguagens diferentes, mas quando bem usadas, são complementares. Nas diversas influências, vale a penas citar os roteiros de cinema feitos através de storyboards.

 HQs, uma arte, sim. Talvez, às pressas, essa postagem tenha optado por argumentos rasos. Caso haja alguma dúvida sobre o valor dos quadrinhos, a leitura destes é a melhor resposta. Em clima de contestação, abaixo uma série de imagens onde personagens de HQs,  fundi-se em pinturas famosas, deixando a cargo do leitor reconhecê-las.