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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A Origem dos Andróides - por José Juarez


A ficção, o mundo sci-fi, atualmente é permeado por máquinas que copiam os homens.








  Desde os tempos mais remotos parece ser uma obsessão dos artistas replicar o homem, vide o esmero perfeccionistas dos escultores gregos. E até há elementos da mitologia grega que apontam para a possibilidade da existência de autômatos, como a coruja mecânica que Atena dá a Perseu, tão bem retratado no clássico Fúria de Titãs ( o de 1981, por favor).






Mas na nossa cultura uma das primeiras ideias sobre um robô, um ser humano mecânico, aparece no conto “O Homem de Areia” do escritor inglês ETA Hoffman. 








Lançado primeiramente em 1815 o livro fala de um jovem que se apaixona pro uma boneca mecânica. O século XIX era genial em criar concepções no mínimo curiosas (vide a ideia genial de viagem espacial de Júlio Verne). A “boneca”, que replicava uma mulher verdadeira, era descrita como uma bela moça, educada, de concepção angelical, e vivia espirrando. O robô de Hoffman era feito de madeira e movido à corda, sendo o espirro o mecanismo que alimentava seu motor. 







Genial, fabuloso. Ao ler tal revelação (em total imersão) fiquei assombrado; “que ideia genial”. A descrição nos remete a uma moça linda e sublime, suave e educada, que parecia não oferecer mau algum ao ser humano. Parecia, se spoiler de filme de é coisa banal, de livro para mim é coisa séria. Leia o livro para saber por quê o livro tem esse nome, e garanto, a revelação, para um bom apreciador de literatura, pode ser algo perturbador.
Em fim, robôs, androides, replicantes nada disso é novo, e Isaac Asimov não foi o primeiro a pensar o tema. Quem é Isaac Asimov? Bem, esse é o beabá da ficção científica e quem sabe noutro texto explanemos o tema.


domingo, 8 de dezembro de 2013

From Hell - por João Horwatich


“Um dia os homens vão olhar para trás e dizer que eu dei a luz ao século 20”- Jack, o Estripador



Com essas palavras tem início o filme From Hell (2001), dirigido pelos irmão Hughes.
O clima decadente de uma Londres de 1888 fica evidente nesse supense desde a primeira cena quando temos o personagem principal Frederick Abberline, interpretado pelo pirata Jack Sparrow (também conhecido como Jhonny Depp), enterrado em um devaneio cusado pelo uso de ópio.
Abberline é um detetive atormentado pelo passado, que tem visões as quais o ajudam a encontrar os crimonosos, e nesse filme ele deve identificar ninguém menos do que Jack, O Estripador (não Jack, o Capitão).



O filme conta a história de um grupo de prostitutas que virou alvo do notório assassino em série e em quanto a trama caminha somos convidados e interpretar o caso como conspiração que chega até a Coroa Britânica.
Mais do que um bom roteiro o filme tem dois personagens muito interessantes, o Detetive Abberline,o atormentado herói do filme, que no final escolhe não seguir a mulher por quem está apaixonado para que ela não corra mais perigo e o vilão, Jack, um homem culto e com um senso de propósito e lealdade deturpado, que se considera um artista que pode ser julgado apenas pelo grande Arquiteto.





Não podemos ainda esquecer que o filme é uma adaptação da obra From Hell, do mestre Allan Moore (no cinema V de Vingança e Watchmen), e que mostra que os roteiros de quadrinhos não são apenas sobre ficção implausível. O próprio quadrinho do qual o filme foi adaptado é baseado na teoria de Stephen Knight na qual Jack, o Estripador teria cometido os assassinatos para encombrir um herdeiro bastardo do trono da Inglaterra.










Contando ainda com ideias medicinais assutadoras, uma sociedade secreta macabra e uma cidade imunda e hipócrita, o filme pode ser considerado um obra de terror leve, sem o sensacionalismo dos filmes de terror atuais nos quais não se deixa muito para a imaginação de quem assiste. Agumas cenas, como o primeira  visão da Cidade aos 2 minutos de filme e o assassinato aos 10 minutos são montagens muito boas da arte dos quadrinhos.